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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Novas já muuuuiiito velhas parte final.........

Terminando a história do roubo. Final das contas, resolvi ir ao banheiro, quando saiu, o rapaz que viu tudo, estava fechando meu compartimento de bagagem de mão e sentando com minha bolsinha nas mãos dele. Eu vi tudo o que aconteceu e achei estranho, mas na mesma hora vinham os comissários de bordo servindo e o corredor estava ocupado. Resumindo eu tive que esperar eles terminarem de servir até me dirigir para o meu lugar. O problema foi que nesse período de espera, me deu um branco e eu esqueci tudo o que tinha acontecido, mas fiquei a viagem inteira com aquela agonia de querer olhar a minha bolsa e o rapaz sempre me olhando de rabo de olho e eu não entendia o porquê. Quando desembarcamos que fui atrás do meu celular, cadê?, quem disse que eu lembrava, eu tinha 3 horas até embarcar para o Brasil, não conhecia o aeroporto de Madri, quando achei o terminal faltava uma hora para o embarque, foi quando me dei conta de que tinha sido assaltada, não lembrava o número da minha casa, nem do celular do meu marido, só lembrava o número da casa da minha mãe. Liguei para ela e falei para ela tentar algum jeito de se comunicar com ele, para cancelar todos os cartões. A minha sorte é que eu tinha uma bolsinha que tinha algumas moedas dentro, foi o que me salvou e eu consegui ligar. Passei a viagem inteira chorando, preocupada com os cartões de crédito. No Brasil minha mãe não sabia como falar com ele, por sorte ela tinha o número da minha casa, mas não conseguia ligar, foi quando ela teve a idéia de ligar para a irmã que sempre me ajuda em oração para que ela orasse. Ela e o Pastor da minha igreja oraram e logo depois minha mãe conseguiu falar com meu marido que naquela noite mesmo cancelou tudo. Mas foi um grande sufoco. Pior foi o que aconteceu quando cheguei ao Brasil em São Paulo. Eu precisava esperar 5 horas até o próximo voô que era o da Gol. Não tinha um tostão pra tomar nem se quer um café. Quando fui para o check-in da Gol, eles me dizem que não poderia levar 2 malas, que teria que pagar excesso, agora Como? que eu não tinha nada, tinha sido tudo roubado, chorei sentida. Me mandaram registrar ocorrência na Polícia, agora qual? Federal ou Civil?, eu estava longe da Federal e pertinho da Civil, mas me mandaram para Federal, chegando lá, tive que escutar o maior lenga-lenga do agente e ser enviada pra Civil, chegando na Civil, o cara com maior cara de interesse me deu um formulário para preencher, assinou e pronto. Fui para o balcão da Gol e ainda assim não queriam aceitar minha ocorrência, tive que chorar pela segunda vez, até que a mulher falou, falou lá por dentro e aceitaram, liberaram minha mala. Depois disso tive que ficar zanzando pelo aeroporto, com a boca seca, estômago vazio até o horário do voô, foi quando lembrei e tive a excelente idéia de ligar meu notebook, que os aeroportos geralmente tem wirelees. Finalmente consegui falar com meu marido e chorei muito ali, falava em holândes, então acredito que ninguém me entendia, mas me viam chorando. Foi quando meu marido me fez saber que os cartões estavam cancelados e isso me aliviou muito. Já no avião da Gol, sentou do meu lado uma senhora muito gentil e com uma fé muito grande em Deus, aquela senhora conversou comigo a viagem inteira, parecia um anjo enviado por Deus para me acalmar e escutar. Foi uma benção.
Resumindo meu prejuízo deu mais que os 400 euros, porque precisei adiar minha passagem para dois dias antes e pegar um visto no consulado, já que eu estava sem a minha permissão de moradia e corria o risco de ficar presa na imigração, pagando multa de uma passagem, paguei diária de hotel, taxa do consulado, taxi e etc. Deus me mostrou corretamente, eu só não soube vigiar.

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